quarta-feira, setembro 26

Invasão alienígena

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Eu sabia que isto um dia ia acabar acontecendo. Os Aliens finalmente invadiram a terra.

Não eram muitos, mas se duplicavam com enorme facilidade e falavam uma língua muito estranha, enrolada. Já haviam chegado ao meu bairro. Circulavam em volta do meu corpo já caído, “dominado”. Pareciam todos iguais: altos, pernas compridas, quatro delas; duas cabeças, cada uma com dois olhos, duas orelhas, tudo em dobro. Muito estranhos, fluídos, deformados, e “duplicados”. E, pasmem, não eram verdes! Talvez um pouco amarelados.

Seus movimentos giratórios a minha volta pareciam uma estratégia para me intimidar, para me confundir. E, que eles não saibam, estava funcionando. Deixaram-me completamente tonto.

Todo o meu entorno era instável, sísmico. Tive a impressão de que um deles, pelo menos, já havia se alojado no meu estômago, e outro, talvez, na cabeça, como um parasita, igual acontece nos filmes de invasão alienígena.

As coisas continuavam a girar. Mesas e cadeiras também flutuavam. Agora viravam tudo de cabeça para baixo; seria o meu fim.

Um cheiro etílico, nauseante, tomava conta do ambiente. As criaturas, que pareciam ter um especial interesse em mim, continuavam a tortura, girando em torno do meu corpo, até que um deles fez contato. Sua aparência não era de todo estranha. Aproximou-se, agachou-se nas suas quatro pernas até o chão onde eu me encontrava e proferiu algo que me pareceu compreensível, embora meu corpo não pudesse ainda obedecê-lo.

- Aí parceiro, irch, acorda! Levanta! O bar vai fechar. Irch!

- Irch!
 
by Tony

 

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Com base no trabalho disponível em http://vozativa2.blogspot.com.br/.