quinta-feira, julho 5

Outras poesias

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Enquanto destilo, em estação estival, o pouco que brota das corriqueiras fontes de inspiração, por que não beber de águas cristalinas, de tão delicioso manancial. A poesia simples, ao mesmo tempo rica, de Emily Dickinson.

Juntamente com Walt Whitman, semeador da poesia moderna, do poema livre, Emily Dickinson é um dos grandes nomes da lírica norte-americana do século XIX. Emily não publicou livros em vida, mas deixou ricos escritos em diários, cadernos e cartas, que foram publicados por seus familiares após sua morte.

A poetisa viveu em um período muito difícil para todas as mulheres da época. O destino das mulheres deste século era serem esposas e mães, ou irem para conventos se dedicarem à vida religiosa. Emily nunca casou, mas não significa que não tenha amado. Nos seus últimos anos viveu enferma e em total reclusão domiciliar. Morreu jovem, aos 55 anos, em 1886.

Seus poemas são, na grande maioria, simples, breves, puros e adoráveis.

There is an arid Pleasure
As different from joy –
As Frost is different from Dew –
Like element – are they –

Yet one - rejoices flowers –
And one – the  Flowers abhor –
The finest Honey – curdled –
Is worthless – to the Bee -

A tradução certamente não é o melhor caminho para o entendimento da poesia, pelo menos de sua essência, mas, com o intuito de mediar a leitura, vejamos como ficaria em tradução livre:
Existe um árido prazer
Tão diferente da alegria
Quanto o gelo do orvalho
Embora o mesmo elemento sejam.


O último para a flor é festa
O primeiro, detestável
O mais fino mel, congelado,
É inútil para a abelha.



Sempre que possível aprecie poesia direto no original.


Bom final de semana!