segunda-feira, maio 3

Feijão , Ajuda do governo, lixo

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Nada como começar a semana falando do que aconteceu na semana anterior, tipo uma retrospectiva de alguns acontecimentos, infelizmente desagradáveis.


Lendo o editorial de um jornal local em que o assunto em foco era a falta de chuvas no Ceará, choveu muito pouco esse ano e a previsão é de que continue assim. Isso afeta diretamente um dos itens mais consumidos por aqui, o feijão.


O feijão mais consumido por aqui é o feijão-macassar, vulgarmente conhecido como feijão de corda, estão prevendo que ele vai custar até R$ 6,00 o Kg, a última vez que comprei foi de R$ 4,50, um preço absurdo, levando em conta que ele custa em época de boa safra até menos de R$1,00. Fico imaginando como vão se virar as donas de casa para comprar o cereal que vai custar mais que uma proteína como o frango. Lembrando que a combinação feijão com arroz é considerada pelos nutricionistas uma excelente combinação.


Com esse preço o que vai acontecer em maior escala é a dieta do macarrão com salsicha, que tem preço acessível, engorda, é pouco nutritivo, mas mata a fome.


Conversando dias atrás com um senhor de mais de 65 anos, aposentado, morador de uma cidade do interior, analfabeto, comentava sobre o preço do feijão e a teoria dele sobre o aumento é a seguinte:

O seu José desde que se entende por gente que trabalha na lavoura, planta, feijão milho, mandioca, tem uma pequena horta em casa. Quando chega a época da colheita, separa uma parte para o consumo próprio, uma parte para semear, o excedente vende para comprar o que não produz.


Segundo o mesmo o que está acontecendo atualmente na sua cidade é que as famílias que recebem a ajuda do governo , não todas, mas uma grande parcela simplesmente deixou de trabalhar na roça, vivem com essa renda.


Fiquei pensando na teoria do seu José e acho que faz sentido, esse excedente da produção dos pequenos produtores regulam o mercado, pena que nem todos pensem como ele.


Enquanto isso , o preço do feijão só aumenta, ainda bem que tem a opção do feijão preto que por enquanto ainda está com preço acessível. Fica a dica.


Outro fato que me chamou a atenção foi no centro da cidade de Fortaleza, um pequeno lojista no final do expediente saiu tranquilamente da sua loja com o cesto de lixo e despejou na boca de lobo que fica em frente ao seu estabelecimento, fiquei passada, como pode tanta ignorância numa época em que todos sabem que o lixo é o maior causador de alagamentos e se der uma chuva forte a loja dele vai ser a primeira a ser invadida pelas águas. A coleta de lixo é feita diariamente no centro da cidade durante a noite. Sem mais comentários.


Desejo a todos uma semana produtiva.